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Primeiras experiências I - 27.10.23

  • Foto do escritor: Davilym Dourado
    Davilym Dourado
  • 16 de jan. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 16 de jun. de 2024

No dia 27 de novembro de 2023, tomei a decisão de começar minhas experiências com monotipia. Por algum tempo eu vinha pensando em praticar essa técnica, então, pela conjunção de uma série de fatores, essa a vontade aumentou e se materializou.


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Pingo de ouro (Pilea microphylla), tinta acrílica e nanquim


Não poderia deixar de citar a influência que o artista Carlos Vergara teve na criação desse projeto. Foi a partir de um trabalho dele chamado Terreno Baldio, que realizou uma pesquisa, com especialistas de outras áreas, sobre plantas medicinais e PANCs encontradas ao redor do MAM-RJ, o Museu de Arte Contemporânea do Rio.


Com essa referência eu comecei a idealizar esse projeto. Além disso, eu já me inspirava em suas pinturas e monotipias.


Como sempre acontece, já não faço ideia do quanto fui afetado por essas e outras referências e impressões, porque elas já foram incorporadas e impregnaram o meu subconsciente. Em algum momento essas experiências vividas, visualizadas, sentidas ou sonhadas, se manifestam como uma resposta ou inspiração para questões que preciso resolver dentro do meu processo de criação.   


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Pingo de ouro (Pilea microphylla), tinta nanquim




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 Pingo de ouro (Pilea microphylla)


Na minha primeira e tímida tentativa de fazer monotipia, usei apenas duas plantas, o Pingo de Ouro, que hoje em dia é usado para decorar todo tipo de jardim, e a Trapoeraba-roxa.



A vontade, que é essa capacidade que todo ser humano tem de querer, de fazer, de escolher praticar ou não certos atos, cresce quando alimentada pelo desejo. Parece obvio, sem novidades. Mas é assim, não sabemos muito bem como explicar.


Também, não sabemos entender o encantamento, outro sentimento que nos acomete sem explicação. Mas, sim, sabemos que ele acontece quando nos deixamos envolver e seduzir por algo incomensurável. Acho que as artes têm esse poder.


Voltando aqui para as minhas experiências e maravilhamentos, quando admito que não conheço a técnica, me habilito ao encantamento. Monotipia é algo muito simples, as crianças nas escolas fazem o tempo todo e se encantam com a impressão analógica.


Quando me reconheço como não conhecedor, não crio compromisso com a tradição e nem com resultados. Me liberto para poder experimentar.

Entendo que essas imagens habitavam meu subconsciente, pedindo para nascer de alguma maneira, pedindo para serem materializadas. Elas existiam dentro de mim como uma mistura de vontade, intuição e, principalmente, a necessidade de produzir algo com minhas próprias mãos. Então, foi isso que aconteceu: comecei a experimentar.



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Esse processo é bem diferente da fotografia, uma técnica que eu domino melhor. Na fotografia convencional, a imagem imaginada ou visualizada passa por um aparelho, e o seu funcionamento determina o resultado segundo suas próprias leis.

 

Neste caso, o processo é diferente da fotografia. Aqui eu determino as regras, o tempo e intenção do meu gesto. Não existe um resultado exatamente esperado, tudo é válido.






 
 
 

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Rodapé com os logos dos patrocinadores deste projeto: Cultura de São Caetano, Prefeitura de São Caetano, Lei Paulo Gustavo e Ministério da Cultura
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