Primeiras Experiências III - 31.10.23 Visita ao Parque Botânico e Escola de Ecologia Jânio Quadros
- Davilym Dourado
- 19 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de jun. de 2024
Comecei o dia visitando o Parque Botânico e a Escola de Ecologia Jânio Quadros. A ideia era conseguir algumas amostras de plantas medicinais para dar continuidade à minha pesquisa com monotipias.

Estátua do ex presidente Jânio da Silva Quadros
O parque ocupa uma área de apenas 23.000 m², e funciona como um pequeno oásis no meio dessa cidade, que tanto carece de áreas verdes. Lá convivem belíssimas espécies nativas da nossa flora, além de pavões, patos, tartarugas, e uma variedade de pássaros que normalmente não se vê por aí.

Pavão macho
Eu já conhecia o parque e sabia dessa enorme horta de plantas medicinais lá cultivadas. Eu sabia que lá sería o local perfeito para ver de perto plantas que conhecia apenas desidratadas e ensacadas, prontas para fazer chás.
Se não me engano, foi por volta do de 2006 que eu passei a tomar cotidianamente chás medicinais, sempre com a intenção de harmonizar o meu organismo.
Sim, acredito que os chás ajudam na adaptação do nosso corpo ao ambiente hostil que as grandes cidades nos impõem. Eles ajudam a aliviar as tensões, a baixar a ansiedade, promovem relaxamento, melhora dos sonhos, ajudam na regulação das glândulas, entre outras propriedades.

horta com plantas medicinais
Fui muito bem recebido pelos funcionários do Parque, que me apresentaram diferentes árvores, flores e plantas que eu não conhecia pessoalmente. Ao final da visita me forneceram amostras das plantas, e escolhi algumas para minha pesquisa.
Dentre elas, na minha opinião, se destacam a Pariparoba e a Carqueja. Ambas possuem alto poder medicinal e servem para tratar uma série de desequilíbrios do nosso corpo. Sempre tenho essas plantas no meu estoque de ervas.

Plantas coletadas no Parque Botânico
Além da Pariparoba e da Carqueja, também levei amostras de Erva-doce, Boldo, Losna, Picão-preto, Erva baleeira, Mirra, Abre-caminho e outras que ainda não consegui identificar.

Pariparoba ou Caapeba Piper umbellatum L. (PIPERACEAE), impressão acrílica sobre tela
Depois de coletar minhas amostras, fui feliz para o ateliê experimentar as novas plantas. Inicialmente, a ideia era imprimir algo monocromático, utilizando apenas
a cor verde.
Mas uma empolgação tomou conta de mim, e juntamente com essa emoção, veio a ansiedade, e aí o raciocínio se bloqueou! Tive pressa para realizar algo com tudo aquilo que estava sobre a mesa, e fui adicionando outras cores sem pensar, no impulso, no feeling. Depois descobri que o processo não funciona bem assim.
O resultado foi esse, e não me agradou tanto. O aprendizado ficou por conta das possibilidades de texturas dessa folha. Tanto a parte de cima quanto a de baixo, têm formas interessantes.
Também entendi que é preciso ter um cuidado com a diluição da tinta, entender sua viscosidade e poder de cobertura. Enfim, foi uma experiência para descobrir o que não se deve fazer.

ateliê Casa de Vidro

Erva Doce, Pimpinella anisum L. (APIACEAE), impressão acrílica sobre tela
Acredito que o resultado da impressão com Erva-Doce foi melhor do que o da Pariparoba. Em princípio me pareceu mais desafiador entintar folhas tão pequenas e finas, porém a fragilidade da planta se traduziu numa variedade de texturas mais sutis e delicadas.



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